Depressão pós-parto - Sobre
Mais da metade das mamães depois do parto, entre o segundo e quarto
dia, sentem-se mais sensíveis e cansadas, com uma tristeza sem
motivo, choro fácil, irritabilidade e um sentimento de incapacidade
de cuidar do filho, da casa e do marido. São sintomas que não
interferem nas atividades e tarefas do dia-a-dia da mamãe e no seu
relacionamento com as outras pessoas.
Diante daquela
“coisinha” desconhecida a mamãe fica preocupada por não saber o que o
bebê quer. Mamãe e bebê se conhecem pouco nos primeiros dias e isso
gera angústia e apreensão.
É uma depressão leve conhecida como
“Blues post partum”. Pode durar poucos dias até 4 ou 5 semanas. Não
requer uso de medicação e a mulher melhora espontaneamente com apoio
familiar e sem intervenção médica ou psicológica. O melhor é que as
mamães conversem sobre o que estão sentindo, sem se sentirem
culpadas por estarem tristes.
São mínimas as possibilidades
de uma depressão leve evoluir para uma depressão pós-parto mais
grave. A depressão pós-parto propriamente dita inicia-se até o sexto
mês após o parto e com sintomas mais severos. Atinge por volta de
15% das mulheres.
A mamãe sente uma tristeza muito grande de
caráter prolongado, sentimento de culpa, com baixa auto estima e
perda de sentido para a vida. Muitas vezes se acha incapaz de cuidar
do seu bebê e passa a ter dificuldades de amamentá-lo e suprir suas
necessidades básicas, não sendo capaz de cuidar dela própria
também. Pode, em casos mais graves, tentar o suicídio, abandonar o bebê ou mesmo tentar matá-lo.
Sintomas - Alguns sintomas
físicos podem ser observados como alterações gastrointestinais,
intestino preso ou solto, boca ressecada, dores de cabeça, insônia,
alterações de apetite e perda do interesse por sexo. É uma doença
incapacitante que só se resolve com uso de medicações
antidepressivas e com acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
Não
há como saber se uma mulher terá ou não depressão pós-parto.
Algumas mulheres merecem maior atenção, como as que já tiveram algum
tipo de depressão, que na gravidez anterior apresentaram depressão
pós-parto, que não desejavam a gravidez ou passaram por momentos
difíceis durante a gestação e podem colocar a culpa nos bebês.
Pré-Natal
- Como sempre, o pré-natal é sinônimo de gravidez tranqüila. Saiba
por quê. A prevenção da depressão pós-parto é possibilitar uma
gravidez tranqüila e uma mãe segura. Para tanto, a mamãe precisa de
um bom pré-natal onde possa tirar suas dúvidas, ter orientações e
realmente ter a certeza que está tudo bem com ela e com seu bebê,
apoio familiar, principalmente do marido e um planejamento para a
gravidez e pós-parto evitando ansiedade, cansaço e sentimento de
culpa e incapacidade.
Geralmente, as mulheres não percebem que
estão em depressão e que precisam de ajuda. A atenção da família aos
sintomas da depressão é fundamental para relatar ao médico da mamãe
o que está acontecendo e quais os sintomas que ela apresenta.
A
mamãe pode ajudar a reduzir os sintomas da depressão. Diminuir o
ritmo e dar um tempo para se ajustar à nova vida. Como conseguir isso?
Pedindo ajuda nos afazeres domésticos e nos cuidados com o bebê,
conversar com amigos e familiares para redução das visitas, voltar
aos poucos a fazer tudo o que fazia antes do bebê nascer que lhe trazia
prazer, descansar sempre que possível e fazer exercícios como
caminhar.
Como já foi dito, a mamãe sozinha não consegue
melhorar, precisará de acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
Se estiver amamentando e remédios forem receitados, converse com o
médico. Pediatras normalmente suspendem a amamentação quando a
mulher faz uso de antidepressivos, pois a medicação passa para o
leite materno podendo trazer prejuízos para o bebê.
Outra
ajuda essencial na recuperação da mulher é o apoio familiar. A
mulher precisa da presença do marido para se sentir amada e
compreendida, para que a ajude nos cuidados com o filho e que cuide dela
também. Muitas vezes o marido não sabe como ajudar e, para evitar
ver o sofrimento da mulher, sai de perto achando que ficando sozinha
a mulher irá melhorar.
A mamãe deve se sentir acolhida pela
família e saber que pode contar sempre com a atenção de todos.
Depressão não é frescura ou coisa de menina mimada. É uma doença
séria que requer cuidados médicos, psicológicos e familiar.
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/depressao-pos-parto-sobre/
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