
A sensação de estar excluído é comum e esse
sentimento pode causar uma contradição dentro da criança, que
associa a chegada do bebê com a perda do posto de "rei da casa" e ao
mesmo tempo deseja ser sua amiga.
A demonstração do ciúme
pode variar de criança para criança. Algumas ficam desobedientes com
choros e birras, outras se tornam agressivas com os pais ou com o
irmãozinho mais novo. Tem também aqueles que regridem no
comportamento, voltando a usar chupeta ou mamadeira e não
controlando mais o xixi e cocô. Para completar a histeria, alguns
“abandonados” voltam a falar infantilmente.
Essas são condutas
que têm o único objetivo de chamar a atenção dos pais, tios e avós. É
importante que os pais tenham paciência, pois o ciúme é uma reação
emocional normal e tem que ser resolvido com muito diálogo e
compreensão.
Mas o ciúme não é tão ruim como se pensa. A chegada
do irmãozinho criará limites para o mais velho que aprenderá a
viver em sociedade e desenvolverá de forma positiva seu relacionamento
afetivo e social.
Para que o ciúme não se torne um sofrimento
para a criança mais velha, a vinda do irmãozinho tem que ser
esclarecida desde o começo da gravidez, dizendo que um nenê vai
chegar e precisa de um espaço para dormir como ele, de roupas para
não sentir frio, se alimentar no peito da mamãe como ele também fez e
vai chorar muito, só podendo brincar depois que crescer, mas que
poderá ajudar nos cuidados com o irmãozinho.
Alterações na
rotina da criança maior, como ir para a escolinha ou mudança de
quarto ou de quem cuidará dela, deverão ser feitas bem antes do
nascimento ou depois da adaptação com o bebê. Assim as perdas não
serão associadas com a chegada do irmãozinho.
Ao
nascimento, não se descuide daquele que, até o momento, ocupava
todos os espaços. Eleve a autoestima da criança, potencialize suas
qualidades e as vantagens de ser o mais velho. Atribuir-lhe
responsabilidades sobre o irmão também ajuda na integração, já
que se sente útil.
Assim que se sentir segura do amor dos pais,
valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e
a aceitação do irmãozinho será natural. Os pais têm que demonstrar
interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo é a melhor maneira de
fazer a criança manifestar e entender as suas emoções, sentindo-se
amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho.
Bruno Rodrigues
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/ciumes-do-irmao/
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